Grande Prêmio da Itália de 1978
Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 de 1978 | |||
---|---|---|---|
44º GP da Itália realizado em Monza | |||
Detalhes da corrida | |||
Categoria | Fórmula 1 | ||
Data | 10 de setembro de 1978 | ||
Nome oficial | XLIX Gran Premio d'Italia[1][nota 1] | ||
Local | Autódromo Nacional de Monza, Monza, Monza e Brianza, Lombardia, Itália | ||
Percurso | 5.800 km | ||
Total | 40 voltas / 232.000 km | ||
Pole | |||
Piloto |
| ||
Tempo | 1:37.520 | ||
Volta mais rápida | |||
Piloto |
| ||
Tempo | 1:38.230 (na volta 33) | ||
Pódio | |||
Primeiro |
| ||
Segundo |
| ||
Terceiro |
|
Resultados do Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 realizado em Monza em 10 de setembro de 1978. Décima quarta e antepenúltima etapa do campeonato, foi marcada pelo brutal acidente que vitimou o sueco Ronnie Peterson, cuja morte ofuscou o título mundial conquistado por Mario Andretti, seu companheiro de equipe na Lotus-Ford.[2][3][nota 2]
O resultado final da corrida foi conhecido após um recurso apresentado à direção de prova, a qual confirmou a vitória de Niki Lauda com John Watson em segundo lugar numa dobradinha da Brabham-Alfa Romeo e Carlos Reutemann em terceiro pela Ferrari.[4]
Resumo
- Mario Andretti e Gilles Villeneuve acabaram a prova respectivamente em primeiro e segundo lugar, mas receberam, cada um, um minuto de penalidade no tempo final de corrida, por queimarem a largada.
- Devido ao grande tempo necessário após o grave acidente ocorrido a primeira volta para limpar a pista, a prova teve apenas 40 voltas, em vez das 52 previstas.
- O início da prova sofreu longo atraso pois, na formação do grid para o reinício da corrida, o piloto Jody Scheckter perdeu a roda do carro e bateu forte. Por sorte, o piloto saíu sem maiores complicações do local do acidente, mas as barreiras de pneus onde ele se chocou ficaram completamente destruídas. Um outro grande atraso decorreu da reorganização destas barreiras, e a corrida somente reiniciou por volta das 6 horas da tarde (18 horas), horário local.
- Foi exatamente nesta corrida que estreou na F-1 o semáforo, em substituição ao antigo método de largada em que se baixava uma bandeira com as cores do país-sede do GP.
- No entanto, o diretor da prova, Gianni Restelli, atrapalhou-se com a novidade: antes que os carros das últimas filas do grid houvessem parado, foi acionada a luz verde. Os pilotos que vinham de trás, portanto, arrancaram em maior velocidade, o que fez com que todos os carros chegassem juntos ao ponto em que a reta se estreitava antes da Chicane Goodyear. Alguns carros se tocaram, e o Lotus de Ronnie Peterson foi jogado para fora da pista, de encontro ao guard-rail. O choque danificou seriamente a parte dianteira do Lotus e rompeu os tanques de combustível, causando um grande incêndio. Peterson foi tirado do carro com graves ferimentos nas pernas, por bombeiros e outros pilotos, e foi internado. Os primeiros procedimentos médicos no atendimento incluíram a amputação do pé esquerdo do piloto. No dia seguinte, ele faleceu, vítima de embolia causada pelas fraturas.
- Nas entrevistas dos pilotos após a prova, o inglês James Hunt declarou que, pelo som que emitia no momento da largada, o antigo Lotus reserva que Peterson estava usando parecia ter problemas e não acelerar devidamente, o que teria contribuído para o desastre. No mesmo acidente foi seriamente ferido o piloto italiano Vittorio Brambilla, atingido na cabeça por uma roda solta de um dos carros envolvidos (provavelmente de Schekter), e alguns meses depois outro piloto italiano, Riccardo Patrese, foi colocado em sursis pela FIA, sob a acusação de ter sido elemento culposo do acidente. Por conta da confusão ocorrida com o uso do semáforo no GP da Itália, determinou-se que a largada só poderia ser dada depois que um fiscal atravessasse o grid com uma bandeira na mão, sinalizando que todos os carros haviam parado.
Classificação da prova
Tabela do campeonato após a corrida
|
|
- Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas e os campeões da temporada surgem grafados em negrito. As dezesseis etapas de 1978 foram divididas em dois blocos de oito e neles cada piloto podia computar sete resultados válidos. Dentre os construtores era atribuída apenas a melhor pontuação de cada equipe por prova.
Notas
- ↑ Em 1950 seria realizado o vigésimo "Grande Prêmio da Itália", mas o mesmo foi erroneamente creditado como o vigésimo primeiro e por esta razão a numeração oficial do evento contém uma prova a mais que as efetivamente realizadas.
- ↑ Voltas na liderança: Jean-Pierre Jabouille 5 voltas (1-5); Niki Lauda 35 voltas (6-40).
Referências
- ↑ «1978 Italian GP – championships (em inglês) no Chicane F1». Consultado em 18 de setembro de 2021
- ↑ «1978 Italian Grand Prix - race result». Consultado em 12 de outubro de 2018
- ↑ Fred Sabino (10 de setembro de 2018). «Ronnie Peterson, o carismático, arrojado e talentoso sueco que morreu há 40 anos». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 12 de outubro de 2018
- ↑ Lauda ganha em Monza mas título de 78 é de Andretti (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 11/09/1978. Primeiro caderno, Amador, p. 05. Página visitada em 24 de janeiro de 2019.
Precedido por Grande Prêmio dos Países Baixos de 1978 | Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA Ano de 1978 | Sucedido por Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1978 |
Precedido por Grande Prêmio da Itália de 1977 | Grande Prêmio da Itália 48ª edição | Sucedido por Grande Prêmio da Itália de 1979 |